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“Gosto de ser gente porque, inacabado sei que sou um ser condicionado, mas consciente do inacabamento, sei que posso ir mais além dele.” Paulo Freire, 1999

domingo, 8 de novembro de 2009

É ( GONZAGUINHA)

É, a gente quer valer o nosso amor
A gente quer valer nosso suor
A gente quer valer nosso humor
A gente quer do bom e do melhor
A gente quer carinho e atenção
A gente quer calor no coração
A gente quer suar mas de prazer
A gente quer é ter muita saúde
A gente quer viver a liberdade
A gente quer viver felicidade
É, a gente não tem cara de panaca
A gente não tem jeito de babaca
A gente não está com
A bunda exposta na janela
Pra passar a mão nela
É, a gente quer viver pleno direito
A gente quer é ter todo respeito
A gente quer viver uma nação
A gente quer é ser um cidadão
É, é, é, é, é, é, é, é
É, a gente quer valer o nosso amor
A gente quer valer nosso suor
A gente quer valer nosso humor
A gente quer do bom e do melhor
A gente quer carinho e atenção
A gente quer calor no coração
A gente quer suar mas de prazer
A gente quer é ter muita saúde
A gente quer viver a liberdade
A gente quer viver felicidade
É, a gente não tem cara de panaca
A gente não tem jeito de babaca
A gente não está com
A bunda exposta na janela
Pra passar a mão nela
É, a gente quer viver pleno direito
A gente quer é ter todo respeito
A gente quer viver uma nação
A gente quer é ser um cidadão
A gente quer viver uma nação
A gente quer é ser um cidadão
A gente quer viver uma nação
A gente quer é ser um cidadão

Diferentes composições étnicas no Brasil

Dificilmente existe uma nação com tão complexa e variada composição étnica de sua população, no caso do Brasil, a formação populacional advém de basicamente cinco distintas fontes migratórias, são elas:
- os nativos, que se encontravam no território antes da chegada dos portugueses, esses povos eram descendentes de homens que chegaram às Américas através do Estreito de Bering;

- os portugueses, que vieram para o Brasil a fim de explorar as riquezas da colônia;

- os negros africanos, que foram trazidos pelos europeus para trabalhar nos engenhos na produção do açúcar a partir do século XVI;

- a intensa imigração européia no Brasil, sobretudo no sul do país;

- a entrada de imigrantes oriundos de várias origens, especialmente vindos da Ásia e Oriente Médio.

Com base nessas considerações, a população brasileira ficou com a seguinte composição étnica:



Brancos: a grande maioria da população branca tem origem européia (ou são descendentes desses), no período colonial vieram para o Brasil: espanhóis, holandeses, franceses, além de italianos e eslavos. A região sul abriga grande parte dos brancos da população brasileira, pois esses imigrantes ocuparam tal área.


Negros: essa etnia foi forçada a migrar para o Brasil, uma vez que vieram como escravos para atuar primeiramente na produção do açúcar e mais tarde na cultura do café. O Brasil é um dos países que mais utilizou de mão-de-obra escrava no mundo, recebeu aproximadamente 4 milhões de escravos. Hoje, os negros se concentram principalmente em áreas nas quais a exploração foi mais intensa, como é o caso das regiões nordeste e sudeste.


Indígenas: grupo étnico que habitava o território brasileiro antes da chegada dos portugueses, nesse período os índios somavam cinco milhões de pessoas. Os índios foram quase disseminados, restaram somente 350 mil índios, atualmente existem 170 mil na região norte e no centro-oeste 100 mil.

Pardos: etnia formada a partir da junção de três origens: brancos, negros e indígenas, formando três grupos de miscigenação.

Mulatos: correspondem à união entre brancos e negros, esse grupo representa 24% da população e ocorre com maior predominância no nordeste e sudeste.

Caboclos: representa a descendência entre brancos e indígenas, no país respondem por 16% da população nacional, esse grupo se encontra nas áreas mais longínquas do país.

Cafuzos: esse grupo é oriundo da união entre negros e índios, essa etnia é restrita e corresponde a 3% da população, é encontrado com maior freqüência na Amazônia, Centro-Oeste e nordeste.

A luta pela liberdade: tendência e modelo de abolição

Sabe-se que apesar de todo o processo de modernização e de avanço do pensamento liberal, o escravismo no Brasil era mantido por força das exigências da ala mais tradicional da aristocracia rural. Essa ala continuava presa a antiga ideologia escravista, de que o senhor tinha direito de dispor da vida do escravo.

As idéias sobre a escravidão e a liberdade do negro representavam uma forte contradição em algumas parcelas da aristocracia dominante brasileira, que desde o século XVIII vinha sofrendo a influência, ideológica do liberalismo contrariava as idéias liberais contidas no iluminismo. Segundo as quais a escravidão agredia a essência do ser humano e ao contrário do que se dizia, era a escravidão a causa dos vícios e da ignorância da pessoa escravizada. O negro escravo era um ser humano e, segundo aos pensadores iluministas, tinha pleno direito a liberdade.

Com o passar do tempo as manifestações abolicionistas aceleram a crise do escravismo, obrigando o governo imperial a decretar uma série de leis consideradas abolicionistas, o interesse é que jamais algumas dessas leis foram aplicadas e outras que pouco favoreceram os escravos.

Durante o processo de libertação dos escravos as leis que mais se destacaram foram: A lei do ventre Livre; A lei dos sexagenários; A lei Eusébio de Queiroz e por ultimo a Lei Áurea.

Em 1950, proibiu-se a entrada de negros para o trabalho escravo no Brasil. Foi o primeiro passo a favor da liberdade. Era a Lei Eusébio de Queiroz, proibindo o tráfico de negros para o Brasil. Após vinte e um anos da promulgação desta Lei surge a Lei do ventre livre. Foi em 1871, que o governo imperial editou a referida lei, da autoria de Visconde do Rio Branco, segundo a qual os filhos de escravos nascidos no Brasil a partir de sua promulgação seriam livres.

Só no ano de 1885, foi aprovada no Rio de Janeiro a Lei dos Sexagenários, concedendo liberdade aos escravos com mais de setenta cinco anos de idade.

Finalmente no dia 13 de maio de 1888, foi assinada a Lei Áurea, de autoria do ministro João Alfredo, determinando que "a partir desta data ficam libertos todos os escravos do Brasil.

Percebe-se a importância histórica da Lei Áurea, assinada pela princesa Isabel que consiste no fato de ter afirmado juridicamente e de modo definitivo a libertação dos escravos no Brasil. Contudo, não pode nem deve ser atribuída à clemência e bondade pessoal da princesa Isabel, a quem se denominou de "redentora". A Lei Áurea foi de fato a confirmação jurídica de uma realidade que já existia, pois quando de sua assinatura os escravos eram apenas cinco por cento da população brasileira. Em outras palavras, em 13 de maio de 1888, a escravidão já estava praticamente extinta no Brasil.

Ao se passar mais de um século desde a abolição da escravatura é grande a parcela da população negra no Brasil que sofreu os efeitos da exclusão social que os obriga a viver nas favelas submetidas à violência que marca o cotidiano dos bairros pobres existentes neste Brasil.